“Segundo elas: a Resistência”
Série documental de 9 episódios.
A ditadura civil militar (1964.-1985) no Olhar das Mulheres.
“Segundo elas: a Resistência”, é a história de vida, de luta e de resistência de 9 mulheres brasileiras que na época da ditadura civil-militar formaram parte de diferentes movimentos revolucionários para enfrentar e resistir ao período mais repressivo e violento que viveu o Brasil.
A série é realizada pelo cineasta argentino Roberto Fernández, radicado em São Paulo, responsável
pela produtora O Movimento Falso Filmes.
O formato de 9 episódios, foi pensado para ser usado como material de aula e assim refletir sobre a importância dos Direitos Humanos.
As dificuldades de ser mulher, militante e de esquerda não afastaram elas de seus ideais de luta.
Cada episódio, em forma de homenagem, terá como protagonista uma militante.
Rita Sipahi, Ação Popular (AP) e PRT.
Ana Dias, Movimento contra a Carestia, Comunidades Eclesiais de Base.
Guida do Amaral, Ala Vermelha.
Rose Nogueira, Ação Libertadora Nacional (ALN).
Nair Benedicto, Ação Libertadora Nacional (ALN).
Criméia de Almeida, PC do B.
Cida Costa, Aliança Libertadora Nacional (ALN) - GTA.
Rosalina de Santa Cruz, VAR-Palmares.
Eleonora Menicucci, Partido Comunista, POLOC, POC.
A mulher brasileira militante, corajosa e comprometida com as reformas para um Brasil mais justo.
Somando ao relato das protagonistas teremos o depoimento das seguintes profissionais:
Rosa Cardoso, Advogada.
Maria Rita Kehl, Psicanalista, jornalista, escritora.
Fabiana Rousseaux, Psicanalista e Fundadora e Diretora de Territorios Clínicos de Memoria.
Maria Beatriz Vannuchi, Psicanalista e analista institucional.
Glenda Mezarobba, Cientista Política.
Vera Lúcia Vieira, Doutora em História.
Mariana Joffily, Doutora em História Social.
Luiza Villaméa, Jornalista, Escritora.
Apresentação da obra
O historiador Eric Hobsbawm disse que o século XX foi o século das mulheres.
A afirmação do historiador inglês pode ser percebida na História brasileira do referido século, principalmente durante a ditadura militar.
A partir da década de 1950, no Brasil, as mulheres representaram o segmento da população que mais
teve mudanças em suas relações sociais, de trabalho, familiares e nas questões políticas.
Isto trouxe mudanças no seu comportamento e na sua subjetividade, possibilitando a inserção
de novos valores e novas perspectivas.
Tiveram que enfrentar uma sociedade extremamente machista que estereotipava e tentava impor às mulheres formas de agir, pensar e se portar.
Dentro da própria esquerda estes estereótipos eram reproduzidos, fazendo com que as militantes políticas que enfrentaram a ditadura tivessem que combater o machismo dentro de suas próprias organizações também, seja na luta armada, nas greves operárias ou nos movimentos populares nas periferias e nas áreas rurais. Enfrentaram a truculência de cunho patriarcal e racista da repressão política.[1]
[1] Maria Amélia de Almeida Teles: Autora de inúmeros artigos sobre o tema, é militante feminista histórica, diretora da União de Mulheres de São Paulo, coordenadora-chefe do Núcleo de Pesquisas do IBCCRIM, coordenadora do Projeto: Promotoras Legais Populares e do Centro de Orientação e Formação de Mulheres. Como militante política do PC do B, foi presa política
na ditadura (1964-1985), junto com o marido e com os seus 2 filhos, ambos pequenos.
Os episódios terão trilha sonora original.
O ritmo da edição será calmo, já que o protagonista será o conteúdo, o relato.
Desse modo “Segundo elas: a resistência”, estimulará ao debate e à reflexão sobre a importância de viver num país onde se respeitem os direitos do cidadão.
A Memória
A reconstrução da memória coletiva têm uma função primordial na evolução das relações humanas
e é fundamental para a vida social.
A memória constitui a base sobre a qual a sociedade fortalece seus valores.
Relevância
A série documental traze à memória essa época escura do nosso país, focado na resistência à ditadura militar das mulheres militantes.
É muito importante poder contar esse momento da história do Brasil.
Só esclarecendo os fatos, conhecendo o que aconteceu nesse período podermos entender o presente
e construir um futuro digno, com igualdade de oportunidades.
Contar essas histórias é um resgate da nossa própria memória.
Justificativa
A través da arte, ferramenta importantíssima para o desenvolvimento da humanidade, recuperaremos essas histórias de vida, de luta, de resistência, para refletir sobre a importância da Democracia e do fortalecimento dos Direitos Humanos. A memória como base de construção.
Defesa de sua relevância artística
“Segundo elas: a Resistência”, será realizado sob o gênero documentário tendo como referência
a Escola Inglesa de Documentário fundada pelo cineasta John Grierson.
Usaremos o modo expositivo (o documentário clássico) em virtude da importância do tema, em virtude de trabalhar com a memória.
Vindo de uma formação em ciências humanas, Grierson se preocupava com o despreparo do cidadão comum para discutir e opinar sobre questões complexas da sociedade moderna.
Perseguia a ideia que o documentário devia servir a sociedade.
Como Grierson, penso que o documentário é um ótimo instrumento de educação e fundamental
na formação do caráter dos jovens cidadãos.
“O documentário é apenas o tratamento criativo da realidade. Assim, a montagem de sequências deve incluir não somente a descrição e o ritmo, mas o comentário e o diálogo”.
Grierson e a Escola Inglesa de Documentário.
O 1° Episódio da série o documentário “Da vida bruta” que tem como protagonista a Rita Sipahi foi finalizado. Teve a estreia em São Paulo, exibido em vários lugares e participou em festivais. (ver em Projetos Realizados)
Atualmente em pós-produção o 2°episódio
“Não falem onde trabalha seu pai”, documentário que tem como protagonista Ana Dias, In Memoriam a Santo Dias.
Sinopse: É a história de vida, de luta e de resistência de Ana Dias, uma das principais lideranças contra
a carestia, que fundou, junto a outras ama de casa, o Movimento do Custo de Vida, que reivindicava por melhoria nas condições de vida da população periférica de São Paulo.
O episódio conta com a autorização do Chico Buarque, do Grupo Arlequim e da Som Livre
para a utilização da música “Funeral de um lavrador”.
“Segundo elas: a Resistência”, tem o apoio institucional do Silvio Tendler
e da sua produtora a “Caliban Cinema e Conteúdo”
Promo/trailer
https://vimeo.com/manage/videos/913561644/
Canal da série documental no Youtube
https://www.youtube.com/channel/UCWy2g9vGJ16hEeqJQHf2viQ
A série documental está na etapa de pós-produção e precisa de apoio econômico.
PIX (CPF): 232.084.558-52
Roberto Fernández
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para receber uma contraprestação.
Muito obrigado!